AUTOR MIMOSENSE > ANTONIO PARRINI - LIVRO INDEPENDÊNCIA OU FOME
Do Livro “INDEPENDÊNCIA OU FOME II”
Autor mimosense Antonio Parrini > Ano 1993
As experiências positivas e negativas do passado servem de parâmetro para uma vivência futura. Um dos exemplos está nas Imunidades e privilégios que gozam determinadas categorias de indivíduos, em virtude de certas funções que exercem. É o caso de pessoas que possuem curso superior, como médicos, alguns religiosos, parlamentares, embaixadores e muitas outras, e acabam se tornando “pequenos príncipes”, imunes e fora do alcance da lei, institucionalizando a impunidade com graves prejuízos para a sociedade como um todo.
“Você sabe com quem está falando?” Essa frase tem sido muito usada com toda arrogância, para uma determinada autoridade se impor e exigir privilégios e imunidades, muitas vezes em proveito próprio, indo de encontro ao direito dos outros.
Através dos séculos temos criado e tolerado esse tipo de mordomia e endeusamento de determinados grupos e categorias de pessoas, com graves prejuízos para todos nós. Nos dias de hoje iss não pode e não deve ser mais tolerável, muito menos numa democracia, privilegiando os que tem dinheiro e os que formam poderosas sociedades secretas, acabando por se constituírem categorias e legiões de semideuses.
Desde a criação do mundo, vivemos hoje uma era muito especial de desenvolvimento tecnológico, social e cultural, não se justificando esse subdesenvolvimento e essa ignorância. A lei deve ser igual para todos. O mundo está mudando, se transformando e nós, precisamos também dessa maravilhosa revolução moderna se quisermos sobreviver como povo livre e soberano.
Precisamos combater os privilégios, as mordomias, o protecionismo, o apadrinhamento, a indolência, a impunidade, os usurpadores do poder e os fraudadores do dinheiro público.
Nada de privilégios. Cada um deve ter o que merece, pelo seu esforço, sua dignidade e capacidade. Todos devem responder pelo mal que praticam de acordo cm a lei, e que as leis sejam honestas e imparciais, em benefício da comunidade inteira.
Jesus Cristo era filho de Deus e não gozava de privilégios. Nós não somos melhores d que Ele.
Ninguém pode e tem o direito de estar acima das leis, e nem as leis podem estar contra s interesses dôo povo como tem ocorrido e está ocorrendo em nosso país. Portanto, precisamos empreender mudanças profundas e urgentes em nossa terra. Não tenho dúvida, que essa é mais uma contribuição para a solução de todos os nossos pungentes problemas.
Nós acabamos de assistir, o que ocorreu cm o presidente Collor, onde o clamor do povo, sacudiu a nação pedindo justiça, exigindo um “frei” na corrupção e a punição de todos os corruptos.
Infelizmente dentro de nosso congresso existe um assombroso número de parlamentares que fizeram pior do que o presidente Collor, e sem dúvida dificilmente serão “atingidos” para que se possa salvaguardar a dignidade, a honra e a imagem do congresso nacional.
Nós precisamos nos moralizar, nos modernizar e nos atualizarmos com modernidade internacional para podermos competir ombro a ombro com os países mais desenvolvidos do mundo. O parlamentar ou o legislador é eleito para servir ao povo com eficiência e dignidade, e na para se enriquecer durante seu mandato, através de atos desonestos e abomináveis ao se aproveitarem de seus privilégios e regalias que lhes conferiram o povo bem intencionado.
Se eles não forem leais aos seus compromissos devem perder o seu mandato, através de uma ação popular, e que se coloque outro em seu lugar para representar o povo.
Implantando-se o sistema parlamentarista verdadeiramente democrático para que o governo completa autonomia dos Estados ou com sua independência, convivendo cada unidade com apenas um parlamento, tudo fica muito mais fácil para administrar o Estado e também mais fácil para se identificar os desonestos e apanhá-los em suas faltas.
“Todos nós deveríamos ser tratados, e sermos iguais perante a lei; os privilégios e as discriminações são contra os direitos humanos e uma ameaça à democracia.”
Comentários: De 1993 até os dias atuais, quantos escândalos teve em nosso Brasil?
Quantas emendas? Quantas Leis? Quantas reformas políticas ocorreram a fim de colocar um ponto final nessa usurpação, nos escândalos contra a saúde pública, a segurança a educação.
Nada... Nada adiantou. Sabe por quê? Por que não foi extinta a raiz que da alavanca ao continuísmo aos poderes centrais denominados “Imunidade...”
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